Quem ensina sabe a importância de se aprender um pouco, seja no convívio diário com nossos pequenos, ou através de bons livros, cursos e por último, mas não menos importante pela troca de informações com outros educadores. Tenho a certeza que os alunos devem ser membros ativos do processo de ensino-aprendizagem e não meros receptadores de informações memorizadas e repetidas ano após ano pelos professores.Fique a vontade para abrir a Porta Mágika do amor pela educação e sejam bem vindos!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Portfólio

Estou montando, pela primeira vez, um portófolio para registrar os trabalhos que desenvolvo com meus pequenos...Deixo aqui alguns esclarecimentos que encontrei na net que estão me auxiliando na criação do portfólio. Assim que o meu portfólio estiver montado, posto as fotos.

COMO CRIAR UM PORTFÓLIO?

Portfólios de Ensino, segundo SELDIN (1997), podem capacitar os membros do corpo docente a mostrar suas realizações de ensino de uma forma mais concreta e passível de registro. O autor define portfólio de ensino como uma descrição concreta dos pontos fortes e realizações no ensino de um professor, que inclui documentos que sugerem no seu todo o escopo e a qualidade do ensino e da atuação de um professor - o portfólio é para o ensino o que as listas de publicações, subsídios e homenagens são para pesquisa e a erudição.
Os portfólios podem ser muito úteis para a auto-avaliação do próprio corpo docente. É conhecido, também, como auto-relato de um docente, pode ser empregado para fins formativos e somativos. Em seu trabalho, Centra (1994) descreve um estudo realizado em uma instituição americana que utilizava portfólios como parte do processo de avaliação do corpo docente, preparados pelos docentes, em avaliações somativas, para fins de renovação de contrato. O citado autor concluiu que o portfólio ideal deve ser montado por um professor durante um período de vários anos e o fato de que os professores de seu estudo não tiveram a oportunidade de assim o fazer, permitiu apenas um retrato instantâneo do desempenho no ensino, ao invés de um conjunto longitudinal e documentado, de mudanças e resultados ocorridos durante um bom tempo. Os resultados da citada pesquisa indicaram que quando os portfólios dos docentes são combinados com apreciações do ensino feitas pelos estudantes, é possível se obter uma perspectiva múltipla da eficácia do ensino.
Segundo SELDIN (1997) um portfólio típico de professor deve conter três tipos de informação:
· Material próprio: suas idéias sobre filosofia do ensino e outras reflexões gerais; conteúdos da disciplina com objetivos, métodos, leituras, procedimentos de avaliação, etc; avaliação pessoal da eficácia do ensino, incluindo uma discussão dos conteúdos do portfólio.
· Material de outrem: formulários de avaliação respondidos pelos estudantes; depoimentos escritos dos estudantes; declaração de colegas que observaram aulas ou analisaram seus materiais de ensino; video-tapes.
· Produtos de ensino: escores dos estudantes em testes gerais; exemplares de trabalhos dos estudantes; exemplares de trabalhos corrigidos com notas, com explicação dos critérios para a atribuição das notas.
O autor sugere sete passos para a criação de um portfólio de ensino, mas também alerta: o portfólio não é uma compilação exaustiva de todos os documentos e materiais que existem sobre o desempenho do professor, ao invés disso, ele apresenta informações selecionadas sobre as atividades de ensino e evidências concretas de sua eficácia. Os passos sugeridos são: resumir as responsabilidades relacionadas com o ensino; descrever sua abordagem para o ensino; escolher itens para o portfólio; preparar declarações sobre cada item; organizar os itens em ordem;
· reunir os dados de apoio; incorporar o portfólio em seu curriculum vitae.

Fonte:
http://www.pdftop.com/view/aHR0cDovL3d3dy5hbnBlZC5vcmcuYnIvcmV1bmlvZXMvMjYvdHJhYmFsaG9zL2xlb25pcnBlc3NhdGVhbHZlcy5ydGY=


Avaliação em Educação Infantil e o Trabalho por Meio de Portfólios:

Diversos fatores, como: a intensa urbanização; a participação da mulher no mercado de trabalho; modificações na organização e estruturação familiar; e a crescente conscientização da importância das experiências do início da infância; contribuíram para importante expansão da Educação Infantil no mundo e no Brasil nas últimas décadas.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, no 9.394 (BRASIL, 1996), título V, capítulo II, seção II, art. 29º, a Educação Infantil é considerada a primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade.
Com relação à avaliação em Educação Infantil, a LDBEN (BRASIL, 1996), estabelece, na Seção II, “Art 31 – Na educação infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”.
A avaliação na EI deve ser compreendida como elemento indissociável do processo educativo que auxilia o professor a definir critérios que orientem a sua prática e criar situações que oportunizem o avanço de seus educandos (BRASIL, 1998, p. 59). E o portfólio encontra-se entre os vários procedimentos que permitem empreender uma avaliação mais diversificada e processual.

Conceitos, Tipos e Fases / Passos do Trabalho com Portfólios na Educação Infantil:

O portfólio vem se caracterizando como um excelente “recurso” que pode ser uma estratégia de aprendizagem e de avaliação, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, pois teria o mérito de captar a dinamicidade do processo de desenvolvimento e de aprendizagem infantil.
Mas afinal, o que é portfólio? Antes de conceituar e contextualizá-lo, torna-se fundamental esclarecer que ao abordarmos as práticas de avaliação em EI é necessário compreender que as mesmas estão atreladas a determinadas concepções de Educação Infantil, teorias de desenvolvimento e abordagens do processo educativo que delas se originam (HOFFMANN, 2006, p. 19).
Do ponto de vista histórico, deve-se ressaltar que no fim dos anos 80 e início dos anos 90 do século XX, a questão da avaliação, especialmente a das crianças em EI, não fazia parte das crenças educacionais das educadoras de infância que a consideravam desnecessária neste nível de ensino (...). A experiência profissional acumulada ao longo dos anos de exercício possibilitaria às educadoras reunir conhecimentos de forma intuitiva que lhes permitiria saber o que era necessário e adequado para a continuidade do trabalho com as crianças. (PARENTE, 2004, p. 32).
Parente (2004, p. 48-49) cita um artigo escrito em 1992 por Hills, que afirmava que a questão da avaliação era pouco valorizada em EI e, geralmente, negligenciada em muitos currículos de formação de professores desta modalidade de educação.
Correntemente, na Educação Infantil, empregam-se alguns instrumentos de avaliação do desenvolvimento e da aprendizagem infantil. Segundo o RCNEI (BRASIL, 1998, p. 59), a observação e o registro constituem nos principais instrumentos do professor na hora de acompanhar os processos de aprendizagem de seus alunos. E o portfólio? O referido documento não menciona diretamente o trabalho com portfólios, mas é possível subentendêlo em um dado momento que orienta: “o professor, (...), pode selecionar determinadas produções das crianças ao longo de um período para obter com mais precisão informações sobre sua aprendizagem.” (BRASIL, 1998, p. 60-61).
O portfólio fundamenta-se em novas concepções de avaliação, como a avaliação formativa, que reenvia para a idéia de conjunto de práticas diversificadas, integradas no processo de ensino-aprendizagem, e que procuram contribuir para que os alunos se apropriem melhor das aprendizagens curriculares através de uma atitude de valorização da participação do aluno em todas as fases do processo educativo. Com este objetivo, os professores tentam construir muitas oportunidades, ao longo do ano, para alunos e professores apreciarem o trabalho realizado e utilizarem a informação que vai sendo obtida para introduzir mudanças no processo de ensino e aprendizagem. A utilização da avaliação para providenciar feedback, a alunos e aos professores no decurso do processo de ensino e aprendizagem. (PARENTE, 2004, p. 25).
E, perspectivas contemporâneas a respeito da forma como a criança desenvolve-se e aprende, nova compreensão acerca do seu papel na construção do conhecimento, instigaram um novo e diferenciado olhar sobre a avaliação, a avaliação alternativa, compreendida como um meio, com elevado potencial para propiciar processos de aprendizagem /desenvolvimento. As concepções de avaliação formativa e alternativa significam novas possibilidades de avaliação, relevantes e pertinentes em EI (PARENTE, 2004, p. 31).
De acordo com Villas Boas (2007, p. 03), originariamente, o portfólio é uma pasta grande e fina em que os artistas e os fotógrafos iniciantes inserem amostras de suas produções, as que representam a qualidade e a amplitude do seu trabalho, para ser apreciada por especialistas e professores.
Em educação, passou-se a falar em portfólio na década de 1980 do século XX (GRUBB e COURTNEY apud FRISON, 2008, p. 213). E, observam-se diversas nomenclaturas relacionadas ao seu conceito: portfólio, portfólio, portfólio, porta-fólio, processo-fólios, diários de bordo, dossiês, webfólio. Neste trabalho, a exemplo de Villas Boas (2006, p. 37), utiliza-se o termo portfólio por ser o mais corrente, não se considerando inadequados os outros termos, embora alguns traduzam práticas diferentes, como é o caso dos diários de bordo, dossiê e webfólio.
O portfólio é, conforme Veiga Simão (2004 p. 93), como se fosse um filme, onde o processo de aprendizagem permanece registrado “quase que em movimento”, onde o educando pode inserir suas alternativas de reflexões, comentários, partindo de diversas situações, particulares – a bagagem de vivências de cada indivíduo.
O portfólio é um conceito de avaliação e não, apenas, um instrumento ou um método (DAMM; MCAFEE e LEONG apud PARENTE, 2004, p. 52). Torna presente uma filosofia que entende a avaliação como uma componente integral do processo de ensino e aprendizagem e possui uma natureza interativa, já que professores e alunos interagem e colaboram no sentido de potencializar os benefícios do processo de ensino e aprendizagem (MURPHY apud PARENTE, 2004, p. 52).
Segundo Shores e Grace (2001, p. 13), o portfólio tem como seu principal objetivo “encorajar a reflexão e o estabelecimento de objetivos a cada aprendiz e, comprometendo os pais com a avaliação por meio de comunicação variada e freqüente”. O enfoque curricular, conforme as autoras, que fundamenta essa técnica, é o currículo centrado na criança ou, como muitos o conhecem, enfoque “de projetos”. Mediante observações regulares e entrevistas com as crianças, professores e demais profissionais podem descobrir quais são os temas de interesse das crianças em investigar e experimentar (SHORES e GRACE, 2001, p. 15-16).
A estratégia comum do trabalho por meio dos portfólios é basicamente colecionar amostras de trabalhos realizados durante a atividade pedagógica, educativa. Pode incluir trabalhos das crianças, produções individuais e coletivas, desenhos, registros escritos, fotografias, gravações de áudio e vídeo, observações da professora, informações dos pais, entrevistas, relatórios, enfim, o que for necessário para reconstruir o caminho percorrido durante a aprendizagem (SHORES e GRACE, 2001, p. 21).
Em educação, o portfólio apresenta várias possibilidades e, entre elas, configura-se como uma construção do aluno, caracterizando-se como uma coleção de produções, as que representam evidências de sua aprendizagem. Os portfólios devem ser organizados pelos próprios alunos de forma que eles e os professores, conjuntamente, possam, acompanhar a sua evolução (VILLAS BOAS, 2006, p. 38).
A autora referenciada acima ressalta que o portfólio não deve se tornar apenas uma coleção das produções do aluno, uma pasta em que se arquivam as “atividades”, mas um lugar onde se incluam produções significativas, selecionadas com base na “auto-avaliação crítica e cuidadosa, que envolve julgamento de qualidade da produção e das estratégias de aprendizagem utilizadas.” (VILLAS BOAS, 2006, p. 39).
Parente (2004, p. 62) enumera, a título de melhor sistematizar e sintetizar, algumas das características essenciais ao conceito de portfólio, apesar de toda a diversidade de concepções e práticas observadas a respeito desse procedimento de avaliação:
Coleção de evidências selecionadas, participação do aluno que selecionas e explicita as razões da mesma, tomada de consciência, auto-reflexão sobre a própria aprendizagem, análise e interpretação para a continuidade do processo são elementos característicos e definidores do conceito de portfólio. Assim, para lá de toda a diversidade, o portfólio de avaliação da criança pode ser entendido como uma coleção sistemática e organizada de informações e evidências, selecionadas por professores e alunos em colaboração, e usada quer para documentar o processo de aprendizagem já realizado quer para tomarem decisões sobre a continuidade do processo educativo.
De acordo com Shores e Grace (2001, p. 43-44), podem-se sistematizar três tipos de portfólio: o particular, de aprendizagem e o demonstrativo. Os três na realidade possuem funções que podem se justapor. O particular é guardado separadamente do portfólio de aprendizagem, pode ser desde o diário particular da criança ou do professor, e outros documentos confidenciais que são mantidos em arquivo separado (exames médicos, relatórios de profissionais, registro de conversas com os pais, etc.). O portfólio de aprendizagem é a coleção da criança, com suas produções particulares, que podem ser selecionadas e armazenadas por ela mesma, incluindo anotações da criança e do professor. E o demonstrativo, efetivamente, é uma amostra representativa do trabalho pedagógico, atividades realizadas em sala, exercícios, registros sobre as experiências em sala, etc. Quanto aos tipos de portfólios que foram utilizados em programas de Educação Infantil, Gullo (1994, 1997; apud PARENTE, 2004, p. 58) apresenta uma variedade de tipos.
Assim, indica um primeiro tipo, que denomina portfólio de trabalhos atuais, que contém todos os trabalhos que a criança vai realizando ao longo do tempo. Um segundo tipo, chamado de portfólio geral ou do ano, é constituído de uma seleção dos trabalhos que a criança e o professor escolheram e que são representativos de certos critérios de avaliação. O terceiro e último tipo, identificado pelo autor, é o portfólio contínuo ou permanente, que se constitui das amostras de trabalhos recolhidas de forma contínua ao longo do tempo. Este portfólio deve ser “construído com um número limitado de entradas, mas suficientemente completo para providenciar ao professor do ano seguinte uma idéia clara do desenvolvimento e das realizações da criança.” (GULLO, 1994; 1997, apud PARENTE, 2004, p. 58).
Da literatura relativa ao tema emergem, ainda, os termos portfólio de processo e portfólio eletrônico. O portfólio de processo resulta das contribuições de Howard Gardner, que considera o termo portfólio insuficiente para alcançar toda a extensão do conceito: “um esforço para captar as etapas e as fases através das quais passam os alunos durante o desenvolvimento de um projeto, de um produto ou de uma obra de arte.” (GARDNER, 1993, apud PARENTE, 2004, p. 59-60).
Para implementar o trabalho com portfólios, é preciso respeitar dez passos, segundo Grace e Shores (2001), iniciando pela coleta de amostras e culminando com sua utilização na transição de programas, níveis ou séries.
Os passos previstos pelas autoras são:
1) estabelecer uma política para sua utilização;
2) coletar amostras;
3) tirar fotografias;
4) conduzir consultas nos diários de aprendizagem;
5) conduzir entrevistas;
6) realizar registros sistemáticos;
7) realizar registros de casos;
8) preparar relatórios narrativos;
9) conduzir reuniões de análises e
10) utilizá-los em situação de transição de programas, níveis ou séries.
Villas Boas (2006) faz sugestões sobre como encaminhar o trabalho com portfólios, sem, no entanto, estabelecer um roteiro predefinido. Propõe que se façam coletas de “amostras iniciais” no começo do processo (EASLEY e MITCHELL, 2003, apud VILLAS BOAS, 2006, p.59), sendo que a produção inicial não deve ser revisada nem corrigida pelo professor, mas os alunos podem revê-la.
No caso de o trabalho com portfólios ser novo para toda a equipe, torna-se necessário que professores e equipe pedagógica construam conjuntamente o projeto que vão assumir. Os critérios de avaliação devem ser definidos com a participação de todos e podem ser registrados de diferentes formas, dependendo da idade dos alunos e dos componentes curriculares a que se refiram; uma possibilidade é a construção de um quadro de critérios.
Na Educação Infantil, segundo Villas Boas (2006), os portfólios podem ser adotados com as devidas adaptações. A parte inicial de organização caberá mais ao professor, devendo ficar muito atento às reações dos alunos para descrevê-las no portfólio. Professor e aluno, conjuntamente, refletem sobre o que foi aprendido; são discussões informais e orais, que deverão ser registradas pelo professor.
É desejável que os portfólios de um ano sejam analisados por professores do ano seguinte. Os portfólios podem constituir uma maneira autêntica de os pais acompanharem o que seus filhos fazem na escola. Nada melhor que os próprios alunos apresentem o portfólio aos pais, em um encontro dirigido por eles. O papel do professor é o de ajudar o aluno a planejar o encontro.
Segundo Parente (2004), podemos distinguir duas grandes fases de construção de portfólios: a preparação e a realização. Na preparação, bastante relevante na opinião de diversos autores, deve-se definir de antemão a estrutura conceitual dos portfólios, uma tarefa a ser realizada pelos responsáveis pela aprendizagem da criança; e a estrutura física, que pode ser concebida em colaboração entre crianças e educadora. A autora relaciona aspectos fundamentais para empreender fases / passos para a construção portfólios, que requer da educadora uma série de decisões que precisam de ser tomadas de forma refletida e fundamentada. Tomada a decisão de efetuar a avaliação através do portfólio é necessário tornar claros os objetivos subjacentes à intenção de realizar o portfólio, explicitar as principais metas educacionais que constituem o foco da avaliação, definir uma estrutura e organização para a concretização do portfólio,apontando conteúdos e os processos de seleção e perspectivando a interpretação e reflexão que sobre eles se irá realizar. Todas estas questões devem ser tomadas em consideração antes de se iniciar o processo de coleção de dados e evidências (Lynch e Struewing, 2001). As educadoras que, previamente, refletem sobre estas questões criam melhores condições para suportar e assegurar o sucesso no processo de construção do portfólio de avaliação. (PARENTE, 2004, p. 80).
As professoras da EI têm um papel de extrema importância no processo de avaliação que sustenta as escolhas das crianças. São elas que ouvem os motivos das escolhas e que incentivam a criança a refletir por meio de questionamentos que propõem. Quanto mais nova for a criança e menos experiência tiver mais significativo se revela esse procedimento. As crianças têm de ser orientadas a selecionar amostras que de fato representem seu crescimento e desenvolvimento, de modo que possam refletir sobre essas amostras e, talvez, apreciar seus progressos e desenvolvimento pessoal (MURPHY, 1998, apud PARENTE, 2004, p. 74).
Mesmo as crianças pequenas de 3 e 4 anos têm capacidade de compreensão intelectual que lhes possibilita reconhecer, comparar, quando estão fazendo algo melhor do que antes (CHAFEL, 1998, citado por PARENTE, 2004, p. 74).
Lusardo (2004) afirma que existem poucas pesquisas sobre avaliação a respeito do trabalho com portfólios em Educação Infantil. Além das pesquisas citadas pela autora, Carvalho (2002, apud LUSARDO, 2004) e Parente (2004;), encontraram-se ainda o trabalho de Mello (s/d), Frison (2008) e o estudo de Lusardo (2004), acerca dessa temática. As três autoras relatam investigações com professores / educadores que desenvolviam o trabalho com portfólios em Educação Infantil, sendo que duas delas (MELLO, 2009; LUSARDO, 2004) focalizam a formação continuada / em contexto para o desenvolvimento de competências para a utilização desse procedimento de avaliação em EI. As autoras ressaltavam a relevância que era atribuída ao portfólio pelas professoras, porém indicavam dificuldades descritas pelas mesmas: o registro escrito, aumento de trabalho, falta de tempo (LUSARDO, 2004); falta de materiais e recursos humanos; pouco investimento na participação do aluno; organização de metas e de estratégias de trabalho pouco adequadas à metodologia (FRISON, 2008).

Critérios para Avaliação dos Portfólios:

Em relação aos critérios que as professoras levam em consideração para interpretar o material contido nos portfólios, a maior parte faz referência a critérios genéricos, como: desenvolvimento, progresso, processo de construção, participação, conhecimento, aprendizagem, evolução, interesse.
Algumas entrevistadas enumeraram a eleição dos seguintes critérios para avaliar os portfólios de seus alunos: capricho, autonomia, forma como o aluno montou o portfólio, organização, cuidado, como realizavam a atividade proposta etc.

fonte:

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3675_2114.pdf

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